Senhor Cidadão
Sou obrigado a denunciar uma situação
terrível. Estou extasiado. Diria, embasbacado. Aconselho as pessoas que têm
problemas cardíacos a se ausentarem da sala (ou não lerem a crônica). A
situação é escabrosa, mas não posso me omitir em momento tão estapafúrdio.
Chegou até minhas mãos um documento da Secretaria de Administração Civil do
Estado de São Paulo que coloco em anexo para apreciação de Vossas Senhorias.
Leiam com atenção.
Tenho motivo ou não para tamanho
desassossego? E a população preocupada com PEC 37, 57, 1007 e MP de Portos!
Enquanto isso, promulgam leis e decretos que ferem a nossa dignidade. Como
assim lenha?! Cadê a denominação “de reflorestamento” para demonstrar a origem
da lenha? Porque gasolina azul? Porque é mais cara? Isso me cheira
superfaturamento. E quanto aos carentes? Terão suas taxas de incineração
abonadas? E a liberdade de ir e vir? Onde está? Como proibir uma pessoa de ingerir
bebida alcoólica? E o que dirá a Associação Produtora Unidos de Maringá de
Batata Doce, a ASPUM Doce? Bulling contra a pobre batata! Despautério puro!
Descabido e Inverossímil.
Para muitos pode soar como uma
brincadeira do Coveiro que vos fala, e que o assunto não tem a mínima relevância,
mas no fundo precisamos fazer uma análise profunda sobre um tema muito
importante para nossa cidadania. O que nossos parlamentares andam legislando e
nossos executivos andam decretando. Esse é um exemplo fantasioso, mas tenho
certeza que inúmeros monstrengos parecidos com ele rodam pelo país. São Câmaras
de Vereadores, Assembleias Legislativas e Prefeituras que não tem a mínima noção
do que significa legislar. Tenho certeza que se pelo menos uma vez na vida cada
cidadão acompanhasse uma seção em uma casa legislativa do seu Estado ou
Município, iria sair de lá certo de que o que a maioria dos eleitos menos faz,
é representar o povo que os elegeu. Fora os prefeitos que são diplomados sem a
mínima noção de administração e entendimento de patrimônio público. O que se
vê, na sua grande maioria, são currais de empregos e prelazias que se legitimam
pelo voto popular. Os que moram nas grandes cidades e capitais já tem sentido o
que a pressão popular pode provocar nos legisladores e administradores. Penso
que esse é o primeiro passo para o que almejamos como maturidade política.
Cidadãos interessados e responsáveis por seus políticos. Afinal, eles não estão
lá por obra do acaso, senão por única consequência do nosso voto. Fiquemos de
olho.
No mais, senhor cidadão, melhor você
pesquisar na internet essa lei que estabelece o limite de idade para
apresentação no Departamento de Controle de População. Vai que né?
(agradecimentos
ao amigo Jonas Lobo que me enviou essa pérola)
Guilherme Augusto
Santana
Goiânia, sexta feira 17 de maio de 2013