sexta-feira, 14 de junho de 2013

o furo no barco

Eike Batista e o furo no barco



O furo do barco

 

            Tenho acompanhado com certo receio as últimas notícias sobre os negócios do empresário Eike Batista. Não por investir em ações das famosas empresas “X” e muito menos ainda por parentesco ou simpatia pessoal pelo mesmo. O que me preocupa é um sentimento de satisfação de algumas pessoas pelo tremor nas estruturas de negócio do cidadão. Parece assim que estão torcendo para dar errado. O que tenho escutado são comentários do tipo “coitado, caiu na lista dos mais ricos do mundo” (em tom de deboche), ou “bem feito” (em tom mais direto), ou ainda “tomara que quebre” (em tom de praga mais que direta). Isso me preocupa. Não os negócios de Eike, que a meu ver sofrem oscilações normais de mercado, mas essa cultura que paira sobre o povo brasileiro. Muitos podem achar que exagero na análise, mas façamos um teste. Pense em um empresário bem sucedido. Vamos lá não é difícil. Jorge Gerdau, Norberto Odebrecht, Abílio Diniz, Antônio Ermírio de Moraes são alguns exemplos. Qual o primeiro pensamento que vem a mente quando cito umas dessas pessoas. Com certeza rico. Não bem sucedido. Com certeza sorte. Não competência. Com certeza explorador. Não gerador de empregos. Com certeza sonegador. Não pagador de impostos. Com certeza beneficiário das benesses do governo. Nunca carregador da economia. Observaram? Esse é o pensamento geral. E olha que estamos falando dos maiores empresários do país. Se você que está me lendo agora é um empresário, deve ser vítima dos mesmos pensamentos. Vindo de muitos dos seus funcionários, vizinhos e amigos. Porque carregamos a pecha de ladrões e exploradores de mão de obra. Não entendo bem se esse comportamento advém da apatia cultural herdada no nosso processo de formação como povo ou se advém desse falso conceito de socialismo nos apresentado pós século XX. Só sei que é um conceito errado. Eu pelo menos acho. Num país onde precisamos de geradores de emprego, somos incentivados a sermos sustentados pelo Estado. De geradores a consumidores. Uma sociedade voltada para o governo e não para seus próprios cidadãos. Não estou querendo aqui dar um salvo conduto a todos os empreendedores e empresários que temos, afinal em qualquer segmento da sociedade temos joio e trigo. Assim também o temos entre a classe trabalhadora. E nem, de forma alguma, desmerecendo quem optou ou foi optado por ser trabalhador remunerado. Acho que a escolha depende de oportunidades, capacitação e aptidão. Conheço muitos profissionais remunerados na iniciativa privada ou no poder público que são competentes, aptos e felizes com o que fazem. Exercem suas funções. Assim como conheço inúmeros empresários que amam produzir e gerar emprego. E não estamos falando aqui de ganhos financeiros também. Da mesma forma conheço vários trabalhadores assalariados que ganham mais que muitos empresários. Mas não se tratando de importância e nem de remuneração, do que tratamos então? Tratamos de uma noção retrógrada de que a classe empresarial está lá por motivos vis. Por motivos alheios a sua capacidade e competência. Até sorte imputam a eles. Preferem que venham se juntar a mediocridade do que despontar e crescer. Isso me preocupa. Um país que não valoriza seus empresários acaba matando sua economia de inanição. E no final das contas estamos todos no mesmo barco. Não adianta cruzarmos os braços e criticarmos quando o furo é do outro lado da embarcação, porque uma hora a água vai chegar a nossos pés. E assim sendo, vamos todos afundar. Eu sinceramente espero que Eike passe por essas turbulências e retome o caminho que foi traçado por sua capacidade empreendedora. Assim como desejo a todos os empresários que queiram se embrenhar por essas duras paragens. Porque com o crescimento empresarial, cresce o país, cresce a renda, cresce o emprego e crescemos todos nós.     

 

 

* uma singela homenagem a todos os amigos empresários, que assim como eu, seguem firmes e fortes nessa dura missão.

 
Guilherme Augusto Santana

Goiânia, sexta feira 14 de junho de 2013

sexta-feira, 7 de junho de 2013

e viva Uruguay!

uma viagem, alguns amigos e muitas histórias


E viva Uruguay!

 

Os leitores que me acompanham de mais tempo, já devem ter lido minhas crônicas sobre viagens e aventuras eno gastronômicas. Isso não é à toa. Faço-as para, quem sabe um dia, ser descoberto por uma grande revista de turismo que me pague para viajar, escrever, comer e beber. Não necessariamente nessa mesma ordem. Aí romperei os grilões que me prendem a esse ofício de enterrar pessoas (brincadeirinha. Gosto muito do ofício de coveiro). Mas o motivo dessa crônica de hoje já está no título. Nosso vizinho menor (em extensão) o Uruguai. Com “y” ou sem, conforme a sua vontade e idioma. Estive pela primeira vez no país semanas atrás. Uma gracinha. Diria que um bibelô. Embarquei no imponente aeroporto Santa Genoveva (para quem o conhece sabe que é uma crítica) e logo na fila do embarque encontramos dois casais de amigos que também seguiam o mesmo destino (aliás, já é de tempo que nós brasileiros dominamos o turismo no cone sul. Os goianos então...). Descendo no aeroporto de Carrasco, vi uma construção antiga e pequena com os dizeres de aeroporto e comentei com minha esposa: “olha aí o povo reclamando do aeroporto de Goiânia e o de Montevideo é pior ainda!”. O avião foi se afastando do prédio antigo e percebi que havia me enganado. Maldita língua grande. Eis que surge o verdadeiro Aeroporto de Carrasco. Belo e imponente. Uma obra de arquitetura como nunca vi em aeroporto nenhum pelo mundo. Depois fiquei sabendo, por um amigo que mora no país, que sua arquitetura é ganhadora de vários prêmios internacionais de design e arquitetura. Justo. Muito justo.

 

Aeroporto de Carrasco

 

            Descido do avião e recolhido as bagagens (levei bronca porque esqueci de trancar a mala da esposa. Como se cadeado inibisse furto em mala nos aeroportos), alugamos um carro para cumprir as distancias pretendidas. Vai ai uma dica para Montevideo. Tudo é muito longe. A cidade é espalhada pela orla do Rio da Prata e o carro economiza muito nos deslocamentos. Além de proporcionar uma liberdade diferenciada. Primeira sorte da viagem. Ganhamos up grade no carro! Coisa rara ganhar coisas em viagens. Geralmente perdemos coisas. Mas segue o cortejo. Logicamente que o pacote de dados que foi desbloqueado no Brasil não funcionou e a ligação para a operadora de celular foi inevitável. Tenho um problema. Os amigos que me conhecem sabem disso. Não consigo ficar sem internet. Não consigo ficar sem passar vontade nos que ficaram. Mas é um problema menor. Pelo menos eu acho. GPS funcionando vamos ao hotel. No caminho já se percebe a beleza da cidade. Ruas largas e se desenvolvendo como um jogo de xadrez pela orla do Rio (que parece mar). Costeando pela Rambla, que é como eles chamam a avenida beira rio. O hotel se situava no bairro de Pocitos. Local agradável e centralizado. Charmoso diria com precisão. Corre, faz check in no hotel porque a fome está grande (aliás, passar o dia a base de sanduiche de presunto com queijo e amendoim é o forte das companhias aéreas). Escolhe o restaurante baseado em indicação de um amigo. La Perdiz. Um misto de pub e restaurante tradicional. Uma gracinha. Ambiente a meia luz. Pede logo uma garrafa de vinho da terra. Uva Tannat (de origem francesa, se adaptou muito bem no Uruguai e foi adotada como uva nacional). Provolone e chouriço de entrada, bife de ancho de principal, pudim de dulce de leche de postres (ah o doce de leite...), licor de limoncello de exagero, café para fechar. Olha vou falar. Tudo tendo a parrilla (churrasqueira típica uruguaia) ao fundo. Parece que o calor vai aumentando e o tom das conversas também. No fim encontramos os amigos conterrâneos que esbarramos no aeroporto de Goiânia. Mais vinho, mais calor, mais conversa. A viagem tinha começado muito bem.

 

Parrilla do La Perdiz

      

            Diz a primeira regra do viajante que em dia de voo não se deve exagerar na comida e na bebida. Infringir essa regra traz consequências maléficas. No outro dia de manhã a esposa amanheceu com intoxicação alimentar. Conhecedor da sua fragilidade estomacal, recorremos a um casal de amigos que mora em Montevideo. Preciso internar a moça. Depois da broca merecida da amiga do porque não ligamos para avisar da chegada, fomos ao melhor hospital da capital. E quando digo melhor não estou exagerando. Fomos tratados muito bem. Rapidez e profissionalismo. Fiquei sabendo pela amiga que o Uruguai tem a fama de melhor sistema de saúde da América do Sul e que tem a maior frota de ambulâncias per capita. Isso tudo devido a grande quantidade de aposentados que moram na capital. Diria que é a Disney da melhor idade. Soro e exame de sangue. O dia estava perdido. Menos mal. Deve ter sido para compensar o up grade do carro. Se assim foi, estávamos quites. Podíamos voltar à diversão. Não tão diversão foi pagar a conta do hospital. Salgada. Muito salgada. Mas necessária (tomara que o seguro do cartão de crédito reponha). Com o contratempo da internação, perdemos o dia de almoçar no Mercado do Porto. Local indicado por 10 entre 10 visitantes de Montevideo. Passamos o dia com comidas amenas e rápidas. Merecíamos um jantar de gala. E assim o fizemos. Juntamente com os casais conterrâneos fomos ao Francis. Restaurante estrelado e tido como contemporâneo. Perfeito. Decoração de alto gosto. Atendimento delicado e presente. Vinho... ah o vinho. Como estávamos em muitos, foram várias garrafas e várias cepas. Tannat, Carmenere, Cabernet. Uma orgia de sabores e aromas. A comida é uma reedição refinada dos tradicionais pratos uruguaios. Esbaldei-me com as molejittas (bochechas) ao molho de vinho. Ah o vinho... sempre presente. Nas viagens temos uma mania interessante e engordativa. Fazer uso da sequencia completa do jantar. Vinho, entrada, principal, sobremesa (famosos postres) e café. Pronto. Não fugimos a regra. Tudo muito bom. Mais uma vez a conversa agradável juntou-se ao ambiente agradável e a comida e bebida agradável e estávamos todos agradados. Na saída fomos seis adultos no carro para uma carona solidária aos amigos. Nessa hora o aperto do carro e a noite fria não faziam efeito no alto teor alcoólico exarado. Tudo era diversão.

 

Molejittas do Francis

           

Desta feita o dia amanheceu bem. Esposa tinha se contido nos acepipes e descemos para o café da manha com a proa virada para a famosa Punta del Este. Balneário dos habitantes de Caras na América do Sul. Parece que São Pedro adivinhou o dia da viagem, pois mandou um dia ensolarado mas com temperatura amena. Estrada de pista dupla até o balneário. Tranquilo e bem sinalizado. Pedágios mostram o porquê dessa belezura. Sem transtornos. Entramos em Punta e ai entendemos o motivo da fama. Nunca fui à costa do mediterrâneo, mas penso que deve se assemelhar muito. Prédios baixos e caros, restaurantes estrelados a beira mar (ou seria rio?), praia de areias turvas salpicadas por pedras negras. Um luxo só. Passeamos por toda a orla e fomos aos pontos turísticos básicos. Sabe aquele lugar que dá vontade de morar? Pois é. É esse. O programa estabelecido previa um almoço no famoso Cassino Conrad, mas uma dica da amiga que morava em Montevideo nos fez virar no rumo de José Inácio, uma praia paradisíaca que era a nova coqueluche dos casamentos dos milionários brasileiros. No caminho casas belíssimas. Caríssimas. Depois ficamos sabendo que Punta é um “refúgio” fiscal dos milionários do Uruguai, Argentina e Brasil. Como não preciso esconder meus ganhos, afinal ganho muito pouco, fiquei só admirando as belas mansões dos caros arquitetos. Chegando a José Inácio fomos direto ao La Huella (a pegada). Restaurante indicado por 11 dos 10 que visitaram essa praia. Uma cabana incrustada na areia. Um paraíso (única palavra que define). Os atendentes vestidos todos de Lacoste, nos trataram como ricos e famosos. Tudo muito discreto e eficiente. Para variar um pouco na carta vinífera, escolhi uma bodega regional, mas uma uva de origem alemã. A Gewurstraminer. Olha... isso com a vista da praia casou perfeitamente. Pedimos logo uma entrada. Ceviche de corvina. Muito bom. Estávamos apreciando nosso vinho com ceviche quando uma casal sentado ao lado puxou conversa. Eles eram gaúchos mas tinham casa em Punta. Nos contaram que iam no La Huella só para comer o quiche de cebolas reduzidas no vinho Tannat com queijo pecorino. Pensei: “se eles tem casa em Punta e se abalam de lá só para comer essa entrada, seria heresia não experimentar”. Aí entra uma parte lúdica da história. A indicação caiu como uma luva. Que prato delicioso! Suave e intenso, se é que podemos colocar dois adjetivos tão antagônicos juntos. Recomendo a partir de agora. O prato principal foi um peixe grelhado na parrila com puré de calabaza (abóbora) e o restante vocês já devem supor. Não obstante o magnífico almoço, e tendo como norte a gula que nos guia, tivemos que passar para comer as mais famosas medialunas de Punta no Calentitas. Perfeitas. Tome com um cappuccino e aproveite para levar o doce de leite da terra. O ambiente do Calentitas é sui generis. Decorado ao estilo hippie chic, as coisa são dispostas de maneira aleatória e sem seguir um partido decorativo fixo. Tipo aquelas casas decoradas com coisas recolhidas na rua. Muito interessante. Comido e bebido partimos para o famoso por do sol na Casapueblo. Esse programa, também imperdível, é um sonho visionário do artista uruguaio Carlos Vilaró. Uma casa construída em meia encosta de frente para o mar/rio. Arquitetura única no mundo. Mistura das casas de Santorini na Grécia com um toque de taipa feita a mão. Na hora que o sol se põe, escutamos uma audição do próprio Vilaró recitando um texto de sua autoria em homenagem ao astro rei. Fotos e mais fotos e uma sensação da nossa pequenez diante desse fenômeno da natureza. Emocionante, romântico e acolhedor. Voltamos para Montevideo revigorados.

   


Punta del Este e o Restaurante La Huella (a pegada)

 

 


Casapueblo. Por do sol e romantismo (quase não conseguimos tirar essa foto de tanto rir)

 

 
Quiche de cebolas no Tannat e pecorino do La Huella e atum com crosta de ervas do Panini´s

 

 

            Como não poderíamos deixar de fazer, jantamos em alto estilo. Com nossos companheiros de viagem fomos ao Panini’s conhecer a maior adega de Montevideo. O restaurante é um italiano agradável. Pratos grandes e saborosos. E a adega é um caso a parte. Vários rótulos compráveis e incomparáveis. Desta feita um atum com crostas de ervas me seduziu. Mas uma vez a conversa girou em torno dos nossos vícios e prazeres gastronômicos. Os amigos estavam fazendo sua despedida da capital Uruguaia e nós estenderíamos a nossa estada em mais um dia. Despedimo-nos em alto estilo.

 

            O domingo ainda raiava quando saímos em nossa última incursão pelos prazeres da terra uruguaia. Na prazerosa companhia do casal de amigos que divide a morada entre Montevideo e Miami e que nos socorreu no caso do hospital, fomos passear pelo charmoso bairro de Carrasco com seus casarões antigos e imponentes. Uma visita guiada é sempre mais interessante. Ficamos sabendo as particularidades da História do Uruguai, seu socialismo precoce, seu Presidente caricato e sua tentativa de modernização. Uma visita imperdível no mesmo bairro é o Hotel Cassino Carrasco com sua arquitetura palaciana e sua decoração suntuosa. No lobby do hotel encontram-se quatro (eu disse quatro) dos famosos cavalos abajur do design Philippe Starck. Coisa fina. O cassino é um espetáculo a parte. Um misto de sons, luzes, cores e sonhos de enriquecimento fácil. Coisas da ganancia humana. Felizmente esse vício não me seduz e não consegui sequer sentar à mesa para um jogo de blackjack ou uma apostinha na roleta. Menos mal. Fiquei só na admiração. Após o passeio cultural partimos para um passeio que muito me agrada. Vinícola. Partimos para a Vinícola Boutique Bouza. Chegamos já na hora do tour do vinho. Coisa boa para quem nunca fez. Eu como já estou no décimo tour, limitei a apreciar as belas paragens da estância. Tudo cuidadosamente montado para o turismo. Uma exposição de carros antigos e um bistrô de classe completam o cenário bucólico e aprazível. Depois do tour vem a parte mais aguardada da visita. Beber e comer. Pedimos uma garrafa de um dos melhores cortes da casa: Tannat, Merlot e Tempranillo. Néctar dos deuses. Para acompanhar o vinho, jamon serrano de entrada, carneiro com salada de rúcula de principal e principalmente a linda vista do parreiral pela janela. Não nos esqueçamos o creme brulee de sobremesa e o já tradicional café. Depois disso tudo a cama nos chama né? Nada disso. Uma visita breve pelo centro histórico de Montevideo com direito a mais história. Uma das mais interessantes foi a do Palácio Salvo desenhado pelo arquiteto Mario Palanti inaugurado em 1928. O prédio foi erguido no mesmo local onde funcionava a Confeitaria La Giralda no qual foi apresentado o tango uruguaio mais famoso: La Cumparsita (e eu que jurava que esse tango era argentino). Aliás, reza a lenda que o tango foi criado no Uruguai e que Carlos Gardel seria uruguaio. É para matar os hermanos de raiva né não? Mas a particularidade do Palácio Salvo que mais intriga é um homônimo, Palácio Barolo, construído pelo mesmo arquiteto em Buenos Aires. E dizem que um farol no topo de cada prédio fazia a comunicação entre as cidades. É ou não uma história a ser contada? No mais o centro histórico da capital se assemelha muito aos de outras cidades da América do Sul de colonização espanhola. Uma praça central, um belo teatro (Solis), o palácio do governo e prédios tombados. A noite já havia chegado quando fomos fazer nossa última refeição. O escolhido foi o alemão Dackel. Nada mais do que um alemão tradicional. Apertado, móveis antigos, garçons da melhor idade e comida farta. Chopp na caneca de porcelana e Eisben (joelho de porco) com chucrute, batatas e bastante mostarda. Para fechar com chave de ouro, apple strudel. Não poderia deixar de ser. Depois dessa, cama.

 

 
Hotel e Cassino Carrasco e o famoso cavalo abajur de Philippe Starck
 
 



Vinho e Carneiro ao vinho na Vinícola e Boutique Bouza

 

 

 
Palácio Salvo no centro histórico e o Eisben do Dackel
 

Nascer do sol em Pocitos

 

 

 

O dia da volta não é dos meus preferidos. Pula cedo da cama e reza uma Ave Maria para as coisas caberem dentro das malas. Devolve carro. Faz check in. Raspa o último limite do cartão de crédito no Duty Free (que não anda compensando tanto como antigamente). Parte de volta para o Brasil. Viajar é sempre bom, mas já disseram uma vez que voltar para casa é ainda melhor. No aeroporto esperavam dois curiangos ávidos por abraços e é claro, presentes. À hermosa capital Montevideo meu muito obrigado pela hospitalidade. Espero nos vermos mais vezes. A bela Punta del Este um desejo. Quem sabe um dia ter uma bela casa em suas areias brancas. Quem sabe. E quem disse que voltando de viagem temos que parar de sonhar?

 

Papai você trouxe presente?

 

 

 

# agradecimentos fraternos e especiais aos companheiros de viagem Ludmila, Lillian, Marcelo e Floriano pelos jantares divertidos. Aos amigos Rute e Renato pelo socorro prestado e pelos momentos de gastronomia e história do Uruguai. E ao amigo José Luiz Martins (quase um uruguaio) pelas preciosas dicas.

 

 

Guilherme Augusto Santana

Goiânia, sexta feira 07 de junho de 2013