NYC
continua...
NYC
continua sendo a única cidade do mundo que é reconhecida somente com as
iniciais. Ah não sabe de que cidade estou falando?! Conta outra! Logo virão os
fanáticos californianos dizerem que LA também o é, mas o meu corretor
ortográfico não entende assim. Logo arruma para LÁ. Já a sigla de NYC ele
mantém do jeito que está. Incólume. Absoluta. Assim continua sendo a cidade.
Receptiva com seus habitantes e com seus visitantes. Mesmo que tenha cicatrizes
ainda doloridas. Mas não se fazem de rogado. Não se deixam abater. Constroem
parques e memoriais sobre suas feridas. Edifícios mais altos para mostrar que
são fortes. Mas ao mesmo tempo frágeis como a árvore que resta apoiada em cabos
de aço como testemunha do atentado de 2001. Continua sendo o celeiro de povos.
Caldeirão de etnias. Sabores, cores, aromas e idiomas que se misturam em cada
esquina como numa torre de babel. Uma desordem ordeira. Onde tudo tem regra. E
cada cidadão faz questão de seguir essa ordem. NYC continua sendo a cidade mais
americana e menos americana da América. Sempre.
NYC
continua um caos no trânsito. Mas que metrópole não é? Aproveite para andar de
metrô. Garanto que se locomoverá com maior velocidade e facilidade. Ao invés de
esperar duas horas para andar dez quadras de taxi, se embrenhe pelos subways nova iorquinos que a recompensa
é certa. Entre passantes e pisantes poderá encontrar joias da arte popular em
apresentações de street dance e jazz.
E se der muita sorte (tipo sorte da Mega Sena) poderá esbarrar com Bono Vox e
The Edge tocando em qualquer das estações. Mas se não encontrar, mesmo assim
poderá esperar o trem com entretenimento de primeira. E não precisa ficar com
receio do emaranhado de linhas de metrô. Basta ter paciência de olhar com mais
atenção os mapas. E de preferência abaixar um aplicativo com o mapa das rotas.
Organizado e simples. E nada melhor que a sensação de parar na estação Times Square e subir as escadas
avistando a efervescência das luzes dos letreiros. Coisa de cinema. Ande a pé
também. Alias em determinados momentos não tem outra alternativa. Assim poderá
ver a miscelânea da arquitetura. Catedrais góticas, prédios corporativos
curvos, edifícios de tijolo aparente e suas escadas externas. Cada passo uma
descoberta. Descubra também as pessoas. indianos, ucranianos, mexicanos,
chineses, brasileiros. Cada um com sua indumentária,
com sua face característica, com seu passo e sua cultura. Mas apesar do caos de
veículos e pessoas, a cidade continua incrivelmente limpa. Raramente se nota
meios fios quebrados ou tampas de bueiro fora do lugar. Calcadas perfeitas para
transito de pedestres. Cidade dos pedestres. NYC continua sendo um caos
harmônico. Sempre.
NYC
continua sendo um paraíso da gastronomia. Ah esse assunto eu domino. Tem para
todos os gostos. Do mais renomado restaurante estrelado como o Blue Hill à melhor comida de rua como o Halal Guys. Alias não consegui comer no
primeiro por falta de verba e no segundo porque a fila estava impraticável. Mas
está valendo. Quer uma dica? Ouça as dicas. Do tipo: “tem um sanduiche no lobby
do hotel Meridien detrás de uma
cortina de veludo vermelho que é de comer ajoelhado”. Quase literalmente,
porque o local é tão pequeno que o negócio é comer de pé mesmo. Ou ainda: “vá
ao Chelsea Market e coma uma dúzia de
ostras com uma cerveja IPA daquelas de amargar o fundo da língua e depois veja
o pôr do sol do Highline Park”.
Coisas de tirar o fôlego (as ostras a IPA e o pôr do sol). Alguns locais
continuam sendo a coqueluche do momento. O Eataly
continua imperdível. Mas anda jorrando gente pelo ladrão. Brasileiro então...
Quer um plano B? Suba até o 14º andar e almoce na birreria (cervejaria em italiano) recém-inaugurada. Vai se sentir
numa roof party. E, além disso,
poderá experimentar a famosa DogFish.
Meio cerveja e meio reality show.
Agora não se assuste ao pagar a conta. NYC continua sendo uma cidade cara.
Ainda mais com o essa cotação horrenda do dólar. Mas se de tudo não quiser
gastar muito coma um hot dog na rua
mesmo. Existe para mais de mil. Satisfação garantida. NYC continua sendo a
cidade da comida. Sempre.
NYC
continua sendo a cidade da cultura. Quer assistir uma peça? Tem. Quer assistir
um balé? Tem. Quer ir a um museu? Tem também. Mas não são quaisquer peças, balés
e museus. São os melhores do mundo. Tem coisas para fazer que daria uma vida
inteira. Mas se quiser repetir pode também. O museu de História Natural, por
exemplo, pode-se permanecer por lá uns 2 dias ou 22 anos. Tem coisa para ver e
se surpreender. As peças da Broadway
cada dia se superando. Quer assistir um show
man em ação? Vá ver Alladin.
Pensa num gênio da lâmpada que dança, sapateia, canta e encanta. Agora se
estiver interessado em algo mais erudito pode assistir a um balé no Metropolitan Opera. Espetacular. Só a
arquitetura do local já vale o ingresso. E se de tudo não tiver com verba
disponível para bancar um desses, vá a Times Square porque lá o espetáculo é
certo. De música de rua a atores andando seminus com seus corpos pintados. Diversão
em cada esquina. NYC continua sendo a capital do entretenimento. Sempre.
NYC
continua sendo tudo isso e mais um pouco. Continua sendo Central Park e suas locações de filmes. Continua sendo Times Square e sua profusão de luzes e
pessoas. Continua sendo a estátua da liberdade e a ponte do Brooklyn restando impávidos na baia.
Continua sendo as lojas de grife da 5ª Avenida e os brechós da 7ª. Continua
sendo o Empire State Building e o
King Kong. Continua sendo o Rockefeller
Center e o Wall Street. Continua sendo o Carnegie
Hall e o Metropolitan Opera. Continua
sendo dos americanos e do mundo todo. Continua sendo arrebatadora de corações
como o do que vos escreve nesse momento. Continua sendo NYC. Always.
Guilherme
Augusto Santana
Goiânia, sexta feira 19 de junho de
2015
Já que estou com as malas quase fechadas pra me aventurar por NYC, tenha certeza que anotei todas as dicas (e também os nomes) citados neste post :) Só dispenso a IPA, de amargo basta a vida hehehe As ostras serão acompanhadas de uma Weiss ou Witbier mesmo !
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