O poder da palavra.
Palavra
Não é novidade para ninguém que sou um
entusiasta adepto das redes sociais e do mundo da internet. Que não me deixem
mentir minhas contas do Face, Twitter, MSN, Whatsapp, Blogspot e afins. Fato
que já me ocasionou grandes bônus, mas também grandes ônus. Coisas inerentes à
vida. Tipo, tudo tem seu lado bom e seu lado ruim. O que sempre tenho dito, por
meio das crônicas, é tentar aproveitar o lado bom dessa modernidade, sem
esquecer que dentro de todo Dr. Jekyll, pode haver um Dr. Hyde à espreita. Tenho
percebido, acompanhando as redes sociais, que esse canal estreitou as relações
humanas. Antes para se conhecer a opinião de um pensador renomado, tínhamos que
comprar um livro (e lê-lo logicamente) ou termos uma convivência amiúde com o
mesmo. Tínhamos a amostragem das opiniões das pessoas que nos eram próximas e o
mundo girava numa amplitude menor. Com o advindo do meio WWW pudemos
experimentar o gosto de ler opiniões e ideias de todas as partes do mundo e de
todos os tipos de pessoas. On line pudemos ler Arnaldo Jabor, Luis Fernando
Veríssimo, Justin Bieber (baita pensador), Luciano Huck entre outros. Não nos
atenhamos aqui a classes de fama e reconhecimento literário, mas de simples
amostragem. Pois bem. O que nos trouxe essa abundância de opiniões? Coisas
boas! Opa! Aprendi tanta coisa. Mas trouxe cada aberração. Cada monstruosidade.
Cada piada. Cada lixo. Cada Dr. Hyde. São os ônus que havia dito. Mas a
internet é livre não é? E ainda temos a famosa liberdade de expressão cantada
em verso e prosa. “Vou é dar minha opinião. Se quiserem ler, leiam. Se não
quiserem...”. E nosso universo foi inundado de ideias, opiniões, piadas e
trocadilhos. Dos mais criativos aos mais infames. Deixando bem claro que a
diferença de infame para criativo depende do ponto de vista de quem está lendo.
Pois bem novamente. Será que todas essas coisas jogadas no mundo virtual vão
tomar vida própria? Será que serão esquecidas como as folhas de jornal de ontem
usadas hoje para enrolar peixe no mercado? Ou será que marcarão indelevelmente
os interlocutores que a proferiram?
Penso que a palavra tem uma força
ainda incompreendida pelo ser humano. Logo ele o único ser a fazer uso da mesma
de maneira consciente. Um atributo divino dado para servir de diferencial. Dado
para ser usado com parcimônia. Com lucidez. Senão volta a assemelhar-se aos os
grunhidos dos animais que possuem só o instinto para lhe servir. Aliás, é assim
que me parecem certas opiniões. Grunhidos. Palavras desconexas como as
proferidas por um papagaio que só consegue repetir textos decorados. Precisamos
entender o peso da palavra dada. E as consequências da sua emissão. Senão
passaremos a viver em uma torre de babel onde todos falam e ninguém escuta. Ou
será que já vivemos?
Ao final podemos até escutar um sem
número de opiniões, mas nos cabe a sabedoria de absorver aquelas que nos engrandece.
Como as palavras do pensador e humanista Gonzáles Pecotche: “As palavras não
devem ser esbanjadas, porque podem faltar quando for necessário que seu peso
influa em algumas circunstâncias da vida.”.
Espero que minhas palavras não tenham
sido em vão.
Guilherme Augusto
Santana
Goiânia, sexta feira 01 de junho de 2012
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