Cozinhando com o Coveiro
A crônica de hoje será diferente.
Vamos dar uma de Ana Maria Braga. Receitas frugais de sexta feira. Para o
programa de hoje você precisará de...Coisa que não verá é lista de
ingredientes. Aqui funciona no olho. Um pouquinho disso, um pitaco naquilo e um
naco daquilo outro. Digamos que uma cozinha intuitiva. Faz mais ou menos assim:
Sabe aquela linguicinha fininha tipo
Guanabara? Aquela usada muito em feijão tropeiro? Pois é essa mesma. Separe
duas por pessoa e coloque em forno médio. Não sabe o que é forno médio? É só girar
o botão do fogão ou forno até o meio. Simples assim. É bom dar uma sacudidinha
de vez em quando (na linguiça) porque a mesma solta gordura e pode queimar a
parte de baixo se ficar muito tempo na mesma posição. Nesse interim lance mão
daquela bandeja de tomate grape sweet que sua esposa falou que não era para
mexer. Será por uma boa causa. Eu garanto. Pique uma boa porção dos
vermelhinhos em quatro partes. Coloque em uma tigela. Pique uma cebola roxa
para vinagrete. Fininha. Cebola roxa dá um sabor menos ácido ao vinagrete.
Coloque junto com o tomate. Regue a mistura com vinagre balsâmico. O que tiver
em casa. Pode ser o vinagre normal? Pode, mas não fica a mesma coisa. Um fio de
azeite. Sal (se tiver aquele sal rosa de moer na hora fica chique). Coloque
catchup. Muitos vão torcer o nariz, mas eu particularmente acho que dá um sabor
incrível. Pode ser substituído por um pouco de açúcar, mas não fica a mesma
coisa. Vá à horta e pegue uma porção de orégano fresco. Não tem horta em casa?
Já passou da hora heim? Pode usar o desidratado, mas repito, não fica a mesma
coisa. Misture tudo. Aí vem o ingrediente essencial. Pimenta Tabasco. Eu
particularmente gosto bem picante, mas vai do gosto de cada um. Misture de novo
e reserve. Vinagrete picante. Vá lá no seu congelador e pegue aquela mini
baguete congelada que comprou no Sam´s Club. Com gergelim. Ah quer fazer seu
próprio pão? Eu não vou fazer meu. A praticidade dessa baguete é
insubstituível. Mas cada um com seu cada um. Abra a bicha no meio e passe uma
porção generosa de manteiga de leite (nunca margarina) em cada face. Leve ao
forno que está a linguiça. Logicamente que não na mesma forma senão o pão vai
puxar a gordura da linguiça e vai se dissolver. Aí é só esperar o pão esquentar
e dourar e a linguiça chegar ao ponto. Qual o ponto? Entre o cru e o queimado.
Bem simples assim. Depois de pronto, coloque as duas unidades de linguiça
dentro do pão. Repouse uma porção generosa de vinagrete. Olha o pulo do gato
agora. Rale um naco de queijo por cima do vinagrete. Qual modalidade? Gruyere
ou Emental. Pode ser Parmesão? Pode. Cuidado com o sal do parmesão. Pode ser mozarela
que comprei na padaria? Pode também, mas sempre alertando que não ficará tão
saboroso. Coloque no forno para gratinar o queijo. Sabe aquela função gratinar?
Essa mesma. Estando dourado, tire do forno e pegue aquela mostarda escura que
guarda no fundo da geladeira para a empregada não fazer uso. Regue sem
parcimônia. Reserve. Vá lá ao congelador onde colocou previamente uma cerveja
Lion Fish Pale Ale para resfriar e despeja-a em taça apropriada. Ah você não
tem acesso a essa marca de cerveja? Calma que logo ela estará no www.reinodomalte.com.br para ser
adquirida. Por enquanto ela está em fase de testes que eu e o Mestre Cervejeiro
estamos conduzindo com muito sacrifício. Se pode ser substituída por aquela
cerveja pilsen aguada? Melhor não heim. Depois de tudo isso você poderá iniciar
a parte mais agradável do processo. Comer e beber. Esse sanduiche de origem
argentina é chamado choripán e
logicamente que na minha receita foi completamente abrasileirado. Ah uma última
dica. Coma com um pacote de guardanapos de papel do lado. Faz uma sujeira....
Bom apetite.
Guilherme Augusto
Santana
Goiânia, sexta feira 23 de janeiro de 2015
Quer ver a cara do choripán e da Lion Fish Pale Ale?
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