Black
Friday
Já
vou começar dizendo minha opinião logo de cara. Não tenho nada contra a
importação de cultura estrangeira. Contanto que ela não venha substituir uma
cultura local. Afinal vivemos em um mundo globalizado e a sobreposição de modas
e costumes se torna inevitável. Não sou alarmista e nem dou muita bola para os
cavaleiros do apocalipse que profetizam a aculturação do povo brasileiro pelo
imperialismo ianque. Isso é muito anos 80. Se entendo ser benéfico e positivo porque
não adotar? Uma dessas importações mais recentes é o tão alardeado “Black Friday”
que surgiu nos Estados Unidos por conta da sexta feira subsequente ao dia de
ação de graças. Os americanos resolveram enforcar a sexta e então bolaram o dia
do desconto. Com isso a população não ficaria à toa em casa e sairia as
compras. Isso aqueceria o mercado aproveitando um tempo ocioso. Se pensarmos
por esse lado vemos que nossos irmãos americanos do norte bolaram uma coisa
interessante. Aí vem o brasileiro e importa do jeito que se aplica lá. Mas cá
não é igual lá e a coisa que era redonda não cabe em um buraco quadrado. Mas nós
temos o jeitinho brasileiro! Aparamos as arestas daqui e dali e voilà! Coube. Meio esdrúxulo mas coube.
Por isso nessa sexta onde só se fala de compras e compras, pensei no que seria
a Black Friday diante do cenário nacional. Que promoções teríamos?
1)
Ações
do BTG Pactual, Petrobrás e Vale por metade do preço! E caindo.
2)
Faça
uma delação premiada e passe uma temporada no hotel de luxo da PF em Curitiba!
Na companhia do japa bonzinho.
3)
Vire
Presidente da Câmara e ganhe grátis uma conta na Suíça! Uma para a esposa
também.
4)
Cite
o nome de três Ministros do STF numa gravação e ganhe uma prisão! Seu advogado
pode ir junto.
5)
O
dobro de veículos nas ruas por metade da paciência! Temos a versão engarrafada.
6)
Metade
da energia elétrica pelo dobro do preço! Você economiza e ajuda o governo.
7)
Mantenha
um Senador preso e constranja outros 80! Menos o Collor claro.
8)
Eleja
uma Presidenta e leve de presente 300 picaretas com anel de doutor! Foi o Luiz
Inácio que avisou.
Rir para não chorar.
Guilherme
Augusto Santana
Goiânia, sexta feira 27 de novembro de
2015
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